quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Minha dança [...]

Lá do alto perguntaram: De quem é?

Preto Velho não prestou atenção

o samba não possuía o riscar,

vi o garoto lá de cima gritar: Saravá! Saravá! Saravá?


E assim falou Zaratustra: "QUÉ FUMÁ?"


Zé Pelintra entrou na roda.

No batuque do Candomblé.

Vi pipoca ser mordida, e Pomba Gira saltar sem fé.

A faca riscou! Riscou e não cortou.

A faca deslizou no preto velho Zé!


Lá do alto ouvi dizer de quem é?

O Câncer na ladrilha era promessa de São Tomé


Bebeu! Comeu! Morreu!

O Câncer não escolhe suas vitimas, não tem pena, Ele é a esperança dos suicidas [...] Felizes Suicidas!

Marks William

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Minha Música! Pensamentos

As ilusões são maiores e os amores impossíveis de se conseguir [...]Em cada fato há um argumento totalmente desnutrido de qualquer formação convincente. Isto não é poema, apenas falo da mulher moça que um dia me atingiu tão forte, mas tão forte que hoje me balanço em amores cada vez mais fúteis...Será que o primeiro amor é difícil de ser esquecido?

O amor que se aproxima é distante, já que os amigos dispersam a loucura do primeiro beijo.
É ela. Hoje não a vejo mais. Distante com seus amigos quase eternos, com seus beijos distantes e provocantes. Prefiro vê-la longe, Prefiro sofrer ao tê-la. Assim. Afim!

Que pena! O beijo do palhaço não desenhou nenhuma fumaça de pinga!
Existiam sim toques obscenos, se conseguisse ver, veria até a pequena criança com malicia no pé.

Contornei o umbigo, deslizei a mão em sentido de dúvida e desacreditei quando me enxerguei com rosas nos dedos.

Era Mariana com sua pá para me enterrar definitivamente de seus romances em sambas.
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Marks William

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Mal

Peguei pedaços de Indignação.Cozinhei por horas uma maldade só minha,
Com letras quebradas vazei o clichê da vida e
por um milagre tudo virou maldição da escrita.

Espirra! Ele morria sem rima.

Na cozinha o liquidificador nada poético ensurdecia.

Raios!

Na cama era o velho disperso, com gemidos sufocados,
Na cama já não havia mais poesia, eram os trinta anos de cocaína,
Que matava a alma do artista [...]

O velho morria com o passar da Quimioterapia.
Vermelhos... Azuis... Pretos... Comprimidos azedos [...]


(Então se fez)
Havia uma cadela! Pequena e humilde,
Era a alegria do homem, ele sorria as brincadeiras falsas da cretina

Vi lágrimas descerem quando fiz do animalzinho uma vitamina no maldito liquidificador sem rima.


Marks William

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Vida na escrita [...]

A poesia Migrou para música (Quem não sabia?)
A poesia hoje é somente ouvida, mas nunca lida;
por letras caligráficas rabiscadas de ladainhas.

A poesia já não existe mais na fantasia
é caderno, é a fatalidade da vida.

Imaginação não tem gosto, não tem cheiro,
Tem apenas a amargura da novela de quinta.

Não deixem apenas o samba acabar.
Não deixem a poesia escrita em papel
de guardanapo se esfarelar.

A poesia não é repetida,
Não é apenas lida

A poesia é sentida pelas mãos de um velho artista.
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.Ps: De presente para Glau Fernandes
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Marks William