O rastejar me permite sentir o pó.
A relva verde me machuca, porém nada mais me agrada do que rastejar por palavras que não querem aparecer.
Sim! Sou deus de um livro, mas quem seria o deus de mim?
Talvez este deus esteja se remoendo com uma xícara de café em cima de um esboço falho e ranzinza, talvez o deus que escreve - que me cria - também seja carrancudo - assim alivio minha mente de perseguições. Perseguidores que ainda me olham e dizem: "Lá vai o macambúzio com o sonho inútil de ser escritor". Será que alguém ousaria dizer a Deus que a escrita dele é péssima? "Olha, Deus, Seu livro é horrível". Creio que não!
Ontem matei duas personagens, neste momento se encontram numa lata de lixo. Li e reli, não gostei e joguei. Muito simples.
Eu como personagem secundário deste deus seria alvo de seu mau humor?
Deus olhou, não gostou e... Pensando bem, ele não faria isso. Sendo autor prepotente não erraria nas criações e muito menos seria mal humorado. Eu acho! Eu creio e por enquanto não basta.
20 de junho de 2011 – Totalmente Embriagado.
terça-feira, 21 de junho de 2011
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