sábado, 20 de julho de 2013

Um dia... por ai...


vou beber... se eu cair, não me levante... deixe-me sonhar!

Não consigo viver... o sentimento sem sentido me faz ter espinhos e de sinos compreendo apenas o barulho. Não é cedo!!! Já madrugou e você não está presente. 
Não há música. Não! Sou o choro ardente da madrugada sem platéia. Sou o choro. E ainda não amanheceu. Triste procuro cachaça e de cachaça faço o meu ambiente: Filosofia barata, religiosidade traiçoeira e mentiras sobre o meu objeto fálico. 
Cadê você, donzela? Aluna!!! Cria!!! Criatura??? Cadê você??? 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Beleza


Clarissa não era branca, nem negra, era aguada como um amanhecer cinza. Pescoço comprido e cintura fina. Não tinha lábios pequenos, mas obtinha um nariz protuberante, não aquilino, mas pontudo, mas nada comparado a caroços de feijão - era reto e firme. O andar era tropeçado, com movimentos para a direita, mais para direita do que para esquerda, os cabelos sempre para os lados, trançados até os ombros, diriam, alguém de olhar despercebido, de que Clarissa era uma moça feia, mais voltada para o convento do que para as prostitutas da Rua Quinze, porém estariam enganados, pois a beleza dela estava nos olhos, olhar longínquo, profundos e melancólicos. Diria que ela tinha um olhar choroso, madrugado e sedento de vida.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Escorro.

Tempero doce.
Alimentei-me de sua cicatriz. Bem entre... Dentro. Saboroso de sua mente.
Daquelas pernas palpáveis. Daquela senhorita de beijos falsos pagos por cigarros mentolados
Tempero Amargo.
E no fim do ambiente, calou-se. Atirei meu branco em sua boca. Nascera!
Nasceu um filho condenado.
Nascera o poeta mentolado
Morrera o infeliz com gilete nos lábios.
Tempo oral silenciado.
Tabaco e gemidos.
Fumei suas pernas.
Adentrei.
Alisei.
Enlouquecido embaixo do vestido desbotado.



segunda-feira, 18 de junho de 2012

E o livro?

Se eu soubesse... caso existisse a possibilidade de saber, nunca teria começado a escrever.
O tempo é fútil - a vida é. Caçando-me em cada entrelinha indesejada. Em cada caçoar de erro ortográfico.
Não tendo nada - não me tenho. Hoje tentei escrever o "Sexto Dedo", mas cansa-me só de pensar que terei que retornar em algo ainda sem prólogo. Estou à beira do desconhecido. À beira do ostracismo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Caldo!!!

De onde tirou isto??? Sou o holocausto dos próprios sentimentos. A ruína dos prazeres sem prazer... O Objeto fálico calado. Calando-me!!!  Onde? Por onde???  Sou pecador cristão??? “No início pensei em risos – que lessem as gargalhadas contidas neste livro, mas depois de um tempo percebi que não conseguiria, então pensei num choro, tão amargo quanto de Perséfone ao ser raptada pelo Deus sombrio.”

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um novo capítulo

Dificuldades em escrever!
Hoje me sento pela primeira vez para escrever sobre Gabriele, Antonia, Dr. Vezet. Os personagens estão tomando a minha vida. Hoje pela manhã tomei café com a jovem Emile. Ela me olhou e disse: Termine!
O fantasma do passado agora se torna presente. A casa não suporta tanta gente. São bizarros, alegóricos e espectrais. Antes era para ser uma comédia, mas agora se tornou uma linda tragédia. Espero conviver com este Cheiro do Tabaco.

Por que me frustro toda vez que tenho que escrever sobre Eles? 

sábado, 5 de maio de 2012

Mentiu

Simplesmente - mente!
Entrou em meu jardim
Descrente!
Roubou-me as rosas
Pisoteou-me os lírios
Inocente Cristo!
Que Cisto?
Mentiu
Mentiu
Mentiu
Feriu!

Marks William