Bento pensou.
Ele pensou:
“Cadê a corda?
A Roldana?
E o banquinho para apoiar meu Serafim?”
O menino sonhou.
O menino sequer soube desejar algo ruim.
Pai!
Afaste este litro de cachaça de mim.
Sangra
Joga.
Amortalha os sentimentos em saias de Alecrim
Pai! Dose. Única.
Ignomínia.
Mentira.
E na esquina a Prostituta ranzinza abençoa em latim.
E no beco o cheiro de Crises vem de vestidos azuis de cetim.
E Ontem almocei goladas de Aipim
Hoje tenho em mente
Cacos de vidro em mim.
A mãe percebera o desastre.
E no escuro silencioso
Deixou dançar um grito escandaloso.
Inumano.Chegou ao quarto ofegante.
No corpo do menino Derramou lágrimas vermelhas.
Choradas. Matadas.
Bento!
Suor em Bento.
O corpo de Bento.
No maldito Corpo bento.
E a mãe sorriu.
Pela primeira vez o menino Parecia um Pêndulo.
Marks William
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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