segunda-feira, 20 de julho de 2009

Guardanapo// 20 de julho

  • e perdemos o tempo/ a razão dos fatos e por fim somos felizes numa incompreensão de Virginia.

"Acima de mim o chapéu. Nos lábios o cigarro mentolado. No bolso a fotografia da donzela. No zíper as manchas de uma noite de absurdos sonhos".

E temo o ônibus das 21 h 00. Temerei a estrada, não quero que algum caminhão descontrolado parta meus sonhos rumo à cidade que desejo me prender pra sempre [...] Ontem eu tinha cicatrizes, hoje quero apenas sorrir um passado vazio e sem graça/ Se for pra morrer que eu morra calado em beijos cheio de inimizades e que esses beijos me amem a ponto de me eternizar. Por hoje não fumarei meu cigarro!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Licinha!

Cinco horas da manhã e distante da varanda, Alice, arredia, muito triste não cantava. Olharia os pés vermelhos/ inchados/ cansados; mastigava tabaco; dentro da cozinha se definharia - engolira anfetaminas - alisaria o cigarro e comeria nicotina.
Cinco horas da manhã. Café preto! Alice tomava incomodada com a máscara. Cachaça descia. O cigarro entre os dedos estavam calados como as xícaras abafadas. Ela era arredia, simplesmente alisava o cigarro [...] Queria, mas tinha vergonha de ter amigos; a vontade dela era de fumar maconha antes do corte seco... Mais um pouco de café preto e o sol nascia.

[...]

"Desconhece-se a máscara, admite-se o homem por trás dela, por fim o ama e agrada-o com presentes/ a lembrança sofre pressões de meu lápis irreverente, o cheiro do cachorro submete-se a penetrar em minha roupa e a amada a quem me conhece como mascarado desdenha minha escrita num tabaco de camomila." eu realmente amei Mariana.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

[...]


"Quero - a de mãos dadas comigo... de beijos entrelaçados na esquina; quero a mistura de perfumes e a quentura embaixo do edredom/ quero somente um pouco de mim e mais nada - Cadê Mariana pra enxugar minhas lágrimas?"

Diário: 9 de dezembro - 20 h 00

  • Temo o ambiente - Talita me persegue - temo seu vestido lilás.
    Ontem caminhei pelas ruas - ratos atravessaram meu caminho como se eu não os pudesse vê-los (Hoje é dia de temer até a sombra que me acompanha). Encontrei o esgoto aberto/ a cidade se afoga em pornografia e viciadinhas em craque. “O fim se aproxima aos velhos que usam sapatilhas na esquina – Boa hora pra acender meu cigarro e acessar-me numa liberdade fora do inferno.”

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Diário: 08 de dezembro - 20 h 00

  • "Talita pertencia ao meu café. Ontem ela saiu sem salivar meus cigarros; adentrou com um vestido lilás, vi os seios, as pernas, mas não vi a alma. Se eu tivesse fé rezaria em cima de seu cadáver. O canalha a comeu, a lambeu, a jogou na perdição dos becos sujos/ seu vestido ainda entope o bueiro, no entanto o perfume rosa chegara até mim como se fosse novidade".