segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Marcas!

É o respingo de café na cortina.
Alimentado pelas crenças de uma mendiga.
Letras... Palavras [...] Rabiscos! Desgaste!
Cortina rasgada Feita de saia de menina.
Nos lábios a marca de cigarro que fingiu uma sina.
Bate...
Chuta...
Carne preta...
Cara... Fresca...

Foi loucura por baixo da saia que o poeta encontrou a malicia feminina.
O Barulho do relógio com suas batidas [...]
TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC
Encontrado perdido, esquecido no devaneio de mil lápis crespos.
Não foi Clarice, Cecília e nem Virginia,
Foi maldição de um poeta descrente com a vida.
Rima pobre. Substantivo. Risco. Adjetivo.
Não passou pela mente uma métrica rica.
Ódio da gramática entre a cortina, não foi apenas café.
Foi mão que lava mão na crista de uma mendiga!


Marks William


Um comentário:

Renatinhazola disse...

CADA PALAVRA SUA CONSEGUE ME DEIXAR BEM MESMO QDO ÁS VEZES ESTOU TRISTE...
VOCÊ É MEU POETA FAVORITO!!
TE AMO!!
BEIJINHOS
RE