quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Entristecido!
domingo, 31 de julho de 2011
Nada mais que um Bobo da Corte.
Passar-se por tolo é uma maneira sábia de esconder as lágrimas que somente a madruga pode suportar.
Eu vi risos. Gargalhadas!
Fui o fetiche de alguém? Algum pensamento obsceno?
Eu fui a risada alheia. O grito constrangido e o beijo machucado. Não me dariam liberdade pra amar. O Rei me olharia e diria: Bobo! Dance. E eu dancei tantas músicas de mim. O Rei novamente diria: Bobo! Dance.
Levantei do lugar inexistente. Atravessei o gramado e corri.
Tão desistido!
sábado, 30 de julho de 2011
Intocável!
Encontrei a alma, mas não pertencia ao meu corpo.
O sonho acabou na primeira frase de lábios calados.
O corpo se calou diante da música partida. Era o absurdo do amor em amar unicamente o não amado. Eu não tive olhos, nem olhares semicerrados.
Que sorriso! Que lábios! Não duvidei dos suspiros.
Não me alimentei de ilusões. Apesar da ilusão se vestir de mulher.
Temi o que não veria. Temi os beijos que não possuiria.
Temendo os abraços que não me caberiam.
Fraquejando ao temor diante a língua que não me adentraria.
Era mulher! A musicista que não ousou me querer – Ela não poderia!
Simplesmente porque a vida a fez da maneira dramática aos olhos de um poeta sedento de poesia. Amei a mulher que não me amaria. Amando-a sem desperdiçar minha escrita. Num amor que não me pertencia.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
"Mens Sana in Corpore Sano"
Era hora de parar definitivamente com o tabaco - Não será fácil!
A Estratégia:
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Caindo!
terça-feira, 26 de julho de 2011
Arrependimento.
Cigarro.
Fumaça!
O diabo com toques afeminados.
Ela adentrou. O salto alto acompanhou os meus dedos no teclado.
Eu não a olhei, mas ouvi os movimentos no quarto que um dia pertenceu a nós dois.
Arrumou a mala. Limpou as lágrimas e saiu.
...
...
A criatura estava tão triste. Tão fragilizada. Amedrontada!
Minha alma pensou em correr. Tentar buscá-la, mas já era tarde.
Pela janela a vi se desmanchar.
Depois atingir a calçada e entrar pelo esgoto.
(E o dia se tornou cinza).
domingo, 24 de julho de 2011
Bianca.
E não me sabotei diante da beleza.
Numa tentativa vã em descrevê-la. Nada conseguirei.
A beleza me atinge fazendo com que o lápis, um instrumento simples, se quebre em pedaços.
Ajeitei o chapéu. Ajeitei-me e agora espero... Esperar não é uma qualidade que tenho, mas tento e tentando me vejo diante de escritos que superficialmente falarão dos sentimentos, estes que tanto escondo ao sorver o café que delicadamente me sirvo de tuas mãos que me apaixono além do balcão de guloseimas.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Personagens.
A relva verde me machuca, porém nada mais me agrada do que rastejar por palavras que não querem aparecer.
Sim! Sou deus de um livro, mas quem seria o deus de mim?
Talvez este deus esteja se remoendo com uma xícara de café em cima de um esboço falho e ranzinza, talvez o deus que escreve - que me cria - também seja carrancudo - assim alivio minha mente de perseguições. Perseguidores que ainda me olham e dizem: "Lá vai o macambúzio com o sonho inútil de ser escritor". Será que alguém ousaria dizer a Deus que a escrita dele é péssima? "Olha, Deus, Seu livro é horrível". Creio que não!
Ontem matei duas personagens, neste momento se encontram numa lata de lixo. Li e reli, não gostei e joguei. Muito simples.
Eu como personagem secundário deste deus seria alvo de seu mau humor?
Deus olhou, não gostou e... Pensando bem, ele não faria isso. Sendo autor prepotente não erraria nas criações e muito menos seria mal humorado. Eu acho! Eu creio e por enquanto não basta.
20 de junho de 2011 – Totalmente Embriagado.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Grosserias "embusteiras".
Amei várias Samantas, algumas Carolinas e várias Marias. E diante da balconista da padaria as vejo coberta de açúcar.
Aos poucos, a cada mordida, sinto o ciúme, as moscas que pousaram e o leite desperdiçado.
Em cada mordida sinto o gosto amargo de tê-las.
Beijei-as e nada senti, pois acima do doce estava um amor calórico que me enojava.
Amei algumas Talitas, e estas me pareceram saudáveis. Em cada fibra um gosto de tabaco amargo. Estas eu amei como adolescente em cima de uma revista pornô. Dentro da revista, em cima de conteúdos cansados, eu me cansei. Nada para me fazer querer. Mas mesmo assim amei.
Depois vieram as Marianas que com grande amor as cultivei. Era jardineiro. Era cuidador. Mas me elas não me queriam. Eram tantas bailarinas em meu jardim que não acompanhei os movimentos gritantes e ao mesmo tempo tão leves. Perdi-me e perdido fugi.
Sobraram-me as violinistas que como bolhas de sabão estouraram no primeiro contato com meus dedos obscenos. No fim, nada cultivei, pois nada realmente amei, além de uma doença de que nada terei além deste cigarro que carrego entre meus lábios.