Encontrei a alma, mas não pertencia ao meu corpo.
O sonho acabou na primeira frase de lábios calados.
O corpo se calou diante da música partida. Era o absurdo do amor em amar unicamente o não amado. Eu não tive olhos, nem olhares semicerrados.
Que sorriso! Que lábios! Não duvidei dos suspiros.
Não me alimentei de ilusões. Apesar da ilusão se vestir de mulher.
Temi o que não veria. Temi os beijos que não possuiria.
Temendo os abraços que não me caberiam.
Fraquejando ao temor diante a língua que não me adentraria.
Era mulher! A musicista que não ousou me querer – Ela não poderia!
Simplesmente porque a vida a fez da maneira dramática aos olhos de um poeta sedento de poesia. Amei a mulher que não me amaria. Amando-a sem desperdiçar minha escrita. Num amor que não me pertencia.
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