sábado, 30 de julho de 2011

Intocável!

Encontrei a alma, mas não pertencia ao meu corpo.

O sonho acabou na primeira frase de lábios calados.

O corpo se calou diante da música partida. Era o absurdo do amor em amar unicamente o não amado. Eu não tive olhos, nem olhares semicerrados.

Eu estive cansado antes mesmo de saber a verdade!

Veio a mim com um simples sorriso.

Que sorriso! Que lábios! Não duvidei dos suspiros.

Não me alimentei de ilusões. Apesar da ilusão se vestir de mulher.

Temi o que não veria. Temi os beijos que não possuiria.

Temendo os abraços que não me caberiam.

Fraquejando ao temor diante a língua que não me adentraria.

Era mulher! A musicista que não ousou me querer – Ela não poderia!

Simplesmente porque a vida a fez da maneira dramática aos olhos de um poeta sedento de poesia. Amei a mulher que não me amaria. Amando-a sem desperdiçar minha escrita. Num amor que não me pertencia.

Nenhum comentário: