Há anos te vejo... sem nunca te ver.
Na Rua das Camélias o diabo veste rosa. Olhou-me, calçou-me e vomitou em mim amores incompreensíveis. O perfume ainda se encontra em minha calça, em meus finos panos... a lágrima daquele olhar ainda permanecerá em meu zíper - tão discreta ao limpar os lábios.
Não me olhe, vaidosa criatura. Não me coma com estes olhos... não me alimente com estes lábios...
O poeta não se vê!
Pula a janela, mas cria asas. Finge tão bem que o fingimento se torna verdade. O poeta não enxerga as linhas e nas entrelinhas não há mais nada. Apenas o sentimento aguçado de que do nada acontecerá novas fantasias. E de sentimento nada sente. Sentimentos são abstratos... condenados!
domingo, 29 de abril de 2012
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Um comentário:
Eu já entendi o que este texto quer dizer! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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